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O Pampa é uma das áreas de campos temperados mais importantes do planeta

O Pampa, também chamado de Pampas, Campanha Gaúcha, Campos Sulinos ou Campos do Sul, é o único bioma brasileiro presente em apenas uma unidade federativa. Localizado no Rio Grande do Sul, o Pampa ocupa cerca de 2% do território brasileiro. Esse termo faz parte do vocabulário indígena quéchua e significa “região plana”. A paisagem desse bioma brasileiro é composta, em sua maioria, por campos nativos.

O Pampa abrange uma área constituída por duas bacias hidrográficas: a bacia hidrográfica Costeira do Sul e a bacia hidrográfica do Rio da Prata. Os principais rios são Rio Uruguai, Rio Santa Maria, Rio da Prata, Rio Jacuí, Rio Ibicuí e Rio Vacacaí. A hidrografia desse bioma brasileiro apresenta elevado potencial hidrelétrico e é extremamente navegável.

Localização dos Pampas

No Brasil, o bioma Pampa está restrito ao Estado do Rio Grande do Sul, onde ocupa uma superfície de 178.243 km2. Isso corresponde a 63% do território estadual e a 2% do brasileiro. Na América do Sul, os campos e Pampas se estendem pelos territórios do Uruguai e parte da Argentina, totalizando uma área de 750.000 km2.

O Pampa vai de São Borja, na fronteira oeste do Rio Grande do Sul, passando pela região central do estado, até a praia de Torres, no litoral norte. Abrange ainda a Campanha Gaúcha, passando pela Lagoa dos Patos e Reserva do Taim, até o Chuí, no extremo sul do país. Esse bioma exibe um imenso patrimônio cultural associado à biodiversidade.

Flora e fauna dos Pampas

Por ser um conjunto de ecossistemas muito antigos, o Pampa apresenta flora e fauna próprias e grande biodiversidade, ainda não completamente descrita pela ciência. Estimativas indicam valores em torno de três mil espécies de plantas, com notável diversidade de gramíneas. Nas áreas de campo natural, também se destacam as espécies de compostas e de leguminosas, como a babosa-do-campo, o amendoim-nativo e o trevo-nativo. Já nas áreas de afloramentos rochosos podem ser encontradas muitas espécies de cactáceas.

A fauna é expressiva e abriga quase 500 espécies de aves, dentre elas a ema, o perdigão, a perdiz, o quero-quero, o caminheiro-de-espora, o joão-de-barro, o sabiá-do-campo e o pica-pau do campo. Também ocorrem mais de 100 espécies de mamíferos terrestres, incluindo o veado-campeiro, o graxaim, o zorrilho, o furão, o tatu-mulita, o preá e várias espécies de tuco-tucos. O Pampa abriga um ecossistema muito rico, com muitas espécies endêmicas, tais como tuco-tuco, o beija-flor-de-barba-azul, o sapinho-de-barriga-vermelha e algumas ameaçadas de extinção, como o veado campeiro, o cervo-do-pantanal, o caboclinho-de-barriga-verde e o picapauzinho-chorão.

Clima dos Pampas

pampa
Imagem de ncassullo por Pixabay 

Típicos do Rio Grande do Sul, os Pampas têm clima subtropical frio, sendo a temperatura média anual de 19 °C. As quatro estações do ano apresentam-se bem definidas. Com temperaturas que podem chegar aos 35 ºC no verão e médias negativas no inverno, o clima no Pampa gaúcho é frio e úmido, com chuvas concentradas no inverno e precipitação anual de em média 1.200 mm. Nesse bioma também são comuns as geadas e podem acontecer episódios pontuais de neve.

Vegetação dos Pampas

A vegetação do Pampa é constituída por vegetação campestre uniforme, como as gramíneas. Além disso, existem dois tipos de fitofisionomias: campos limpos e campos sujos. Os campos limpos caracterizam-se por não apresentarem arbustos, ao contrário dos campos sujos, onde esses arbustos são encontrados. Os solos do Pampa, por sua vez, são pouco férteis e propícios à erosão. Em virtude da prática agropecuária realizada nessa região, uma grande parte desse bioma foi devastada, intensificando os processos erosivos e tornando os solos mais arenosos.

As atividades econômicas desenvolvidas na região do Pampa – agricultura e pecuária – são as principais responsáveis pelo desmatamento e degradação desse bioma. O resultado é o desaparecimento de espécies nativas, aumento do processo de arenização do solo, bem como a invasão de espécies que levam ao desequilíbrio do ecossistema.

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), no ano de 2002 restavam 41,32% e em 2008 restavam apenas 36,03% da vegetação nativa do bioma Pampa. Além disso, muitos animais estão em risco de extinção, como o veado campeiro, o cervo-do-pantanal, a onça-pintada, a jaguatirica, o mono-carvoeiro, o macaco-prego, o mico-leão-dourado e o tamanduá.

Em relação às áreas naturais protegidas no Brasil, o Pampa é o bioma que menor tem representatividade no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), representando apenas 0,4% da área continental brasileira protegida por unidades de conservação. A criação de unidades de conservação, a recuperação de áreas degradadas e a criação de mosaicos e corredores ecológicos foram identificadas como as ações prioritárias para a conservação, juntamente com a fiscalização e educação ambiental.


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