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Entenda a esporotricose, doença de pele causada pelo fungo Sporothrix sp

A esporotricose é uma doença causada pelo fungo Sporothrix sp. Esse fungo está presente no solo, na palha, na madeira, em vegetais e em espinhos e tem como principais vítimas os gatos, que estão mais expostos à doença por causa do contato com a terra e vegetais.

Quando atinge seres humanos, a esporotricose é chamada de esporotricose zoonótica. As formas mais comuns de transmissão se dão através do contato direto com materiais em que o fungo está presente, ou por arranhaduras e mordidas de gatos infectados.

A doença pode ser transmitida dos gatos para pessoas, cães e outros animais. Em humanos e cachorros, as lesões não costumam ser tão severas como nos gatos, mas o tratamento é caro e demorado.

A esporotricose se concentra em animais de rua ou de comunidades carentes, o que dificulta o tratamento por conta do alto custo. Por isso, muitos donos abandonam gatos contaminados, o que faz que a doença se espalhe ainda mais.

Transmissão e tratamento da esporotricose

Não se sabe como o fungo começou a infectar os gatos. Até o aumento no número de casos no Rio de Janeiro, a esporotricose era considerada uma doença muito esporádica e ocupacional.

O problema também é conhecido pelo nome de “doença dos jardineiros”, porque os primeiros casos diagnosticados nos Estados Unidos, no fim do século 19, acometeram plantadores de rosas.

O fungo ocorre naturalmente no solo e sobre a superfície de plantas como a roseira. No caso dos EUA, os pacientes se infectaram ao se arranharem em seus espinhos.

Já no Brasil, o primeiro diagnóstico de esporotricose animal ocorreu em 1907, entre ratos naturalmente infectados nos esgotos da cidade de São Paulo. Os primeiros casos em felinos surgiram nos anos 1950.

Enquanto não estiver livre do fungo, o gato pode continuar transmitindo o fungo. Após o primeiro ou o segundo mês de tratamento, geralmente as lesões desaparecem, mas o fungo, não. Por isso, ao menor sinal da doença, é essencial levar o animal a um médico veterinário.

Em humanos, o tratamento deve ser realizado após a avaliação clínica, com orientação e acompanhamento médico. A duração do tratamento pode variar e o tratamento é feito com antifúngicos, como itraconazol, o iodeto de potássio, a terbinafina e o complexo lipídico de anfotericina B, para as formas graves e disseminadas.

Sinais e sintomas de esporotricose

Gatos com esporotricose costumam apresentar lesões no rosto, geralmente ao redor do nariz. Essas lesões se desenvolvem a partir de feridas que ocorrem durante brigas com um gato infectado. Os gatos que lambem feridas infectadas em outras partes do corpo também podem transferir os fungos para o rosto e a boca.

Em humanos, o local mais comum para o aparecimento de lesões é a cabeça, mas não o único. O fungo presente nas lesões destrói progressivamente a epiderme, a derme, o colágeno, os músculos e até ossos. Além disso, o fungo pode acometer os órgãos internos, agravando o quadro clínico.

Os primeiros sintomas da esporotricose em humanos podem surgir cerca de uma semana a um mês dias após o contato com o fungo, sendo o primeiro sinal indicativo de infecção o aparecimento de um pequeno caroço na pele, avermelhado e dolorido, parecido com uma picada de mosquito.

Outros sinais são o surgimento de lesões ulceradas com pus, feridas e caroços que crescem ao longo das semanas, tosse, dor ao respirar, febre e falta de ar. O fungo também pode afetar os ossos e articulações, manifestando-se como inchaço e dor aos movimentos, bastante semelhantes ao de uma artrite infecciosa.

Prevenção 

Veterinários, tratadores de animais e o público devem ter cuidado ao manusear gatos, especialmente aqueles que parecem doentes ou têm lesões óbvias. As pessoas podem contrair esporotricose em gatos infectados, mesmo que o gato não os arranhe ou morda.

Algumas pessoas contraem esporotricose após tocarem em um gato infectado e, em seguida, tocarem seus olhos. Tenha cuidado com animais desconhecidos e aborde os gatos com cuidado, mesmo que eles pareçam amigáveis. Limite o contato entre gatos domésticos e selvagens, especialmente aqueles que parecem doentes.


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