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De acordo com a Polícia, todos os indiciamentos são por homicídio qualificado

Imagem: Arquivo / Agência Brasil

A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou e pediu a prisão preventiva, na tarde de 23 de fevereiro, de sete pessoas por envolvimento no rompimento da barragem da mineradora Samarco, que ocorreu em novembro de 2015, no município de Mariana (MG). O presidente licenciado da empresa, Ricardo Vescovi, é uma delas.

Ricardo foi indiciado junto com outros cinco funcionários da Samarco: Kléber Terra, diretor-geral de operações; Germano Lopes, gerente-geral de projetos; Wagner Alves, gerente de operações; Wanderson Silvério, coordenador técnico de planejamento e monitoramento; e Daviely Rodrigues, gerente. A sétima pessoa é Samuel Paes Lourdes, engenheiro da VogBR, empresa que prestava consultoria para a mineradora e é responsável pelo laudo que atestou a estabilidade da barragem.

Segundo informou a Polícia Civil, todos os indicamentos são por homicídio qualificado com dolo eventual (quando se assume o risco de matar), o que pode gerar penas que variam de 12 a 30 anos para cada uma das 19 mortes. Os sete ainda responderão por mais dois crimes. Por poluir água potável, podem pegar entre três e seis anos de prisão e multa. Já por causar inundação com dolo eventual, o que acontece quando não há intenção, mas se assume o risco, podem somar mais uma pena dois a cinco anos de prisão. As controladoras da Samarco, Vale e BHP Billiton, não foram indiciadas nos casos de homicídios por serem pessoas jurídicas – elas responderão apenas pelos crimes ambientais.

Mais pessoas ainda podem ser indiciadas. Devido a amplitude do desastre, as investigações foram divididas. Um outro inquérito, previsto para conclusão em 12 de março, tem como foco os crimes ambientais.

Investigação

O rompimento causou 19 mortos e trouxe diversas complicações para a bacia do rio Doce e para as cidades que foram atingidas pela lama. O inquérito da Polícia Civil apresentado hoje é composto por 13 volumes e 2.432 páginas. Ao todo foram aproximadamente 100 depoimentos.

A causa do desastre, segundo a investigação, foi excesso de água e a saturação de rejeitos arenosos depositados na barragem. Também contribuíram as obras para aumentar a capacidade de acomodação de rejeitos e problemas no sistema de drenagem, que tem como uma de suas consequências o assoreamento. A falta de monitoramento adequado foi mais uma agravante, tendo sido realizado com poucos equipamentos, alguns deles com defeito.

Fonte: Agência Brasil

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