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Apesar dos benefícios, alergia e armazenamento do amendoim podem ser perigosos. Confira

Amendoim (Arachis hypogaeai L.) é uma planta de origem sul-americana, cujas sementes, ricas em óleo e proteínas, são produzidas abaixo da superfície do solo. Achados arqueológicos de mais de 3,7 mil anos fundamentam a utilização do amendoim na dieta dos povos pré-colombianos. Este é um dos alimentos mais nutritivos e, ao mesmo tempo, de fácil digestão. Por isso, contribuiu bastante para a nutrição da humanidade pré-histórica.

Atualmente são diversos os outros alimentos feitos com amendoim. Entre os mais populares, estão a farinha, o óleo, a pasta de amendoim, a paçoca, o pé de moleque e o torrone. As sementes também podem ser consumidas como petisco, in natura, torradas e salgadas, ou trituradas para doces e sobremesas.

Benefícios do amendoim

O amendoim é um alimento funcional, mas deve ser consumido em quantidades adequadas. Essa oleaginosa contém propriedades que atuam na prevenção de doenças cardiovasculares. Além disso ajuda na prevenção do desenvolvimento de câncer e reduz tumores já existentes. Ele ainda ajuda a diminuir o colesterol ruim e ajuda a controlar os níveis de triglicérides, além de equilibrar o metabolismo.

Os grãos de amendoim apresentam alto valor energético (596 cal/100 g de sementes), e alto teor de lipídios e proteína. Ainda são fonte de minerais, como cálcio, potássio, magnésio, fósforo, entre outros.

Amendoim
Pasta de amendoim. Imagem de Karolina Grabowska no Pexels

O óleo de amendoim apresenta alta digestibilidade (98%), elevados conteúdos de vitamina E e teores consideráveis de vitaminas B1 e B2. A rica composição em ácidos graxos coloca essa oleaginosa entre as mais importantes fontes de óleo vegetal.

A farinha é rica em vitaminas do complexo B, com o dobro da quantidade de aminoácidos essenciais à dieta humana. Além da vitamina E, o amendoim contém resveratrol, que protege o sistema cardiovascular. Cerca de 80% das gorduras do alimento são gorduras insaturadas, que são consideradas gorduras saudáveis.

Uma pesquisa conduzida na Universidade da Austrália do Sul em conjunto com a Universidade de Tecnologia do Texas indica que o amendoim pode ser um aliado na perda de peso. De acordo com a descoberta, o consumo diário de 35 gramas de amendoim torrado e levemente salgado antes das duas refeições principais pode contribuir para a perda de peso, redução da pressão arterial e melhora dos níveis de glicose em jejum.

O estudo acompanhou dois grupos de adultos com risco moderado ou alto para diabetes tipo 2. Os pesquisadores testaram o efeito do amendoim em conjunto com uma dieta para perda de peso, em comparação com uma dieta tradicional com baixo teor de gordura. Foi atestado que após seis meses, ambos os grupos perderam peso.

Porém, o grupo que comeu 70 gramas de amendoim por dia teve melhoras maiores na pressão arterial, com valores associados à uma redução de 10% no risco de doenças cardiovasculares. Os resultados da pesquisa confirmam a desinformação de que o amendoim é um grande inimigo das dietas.

Por conta de seu teor de gordura, geralmente o alimento é deixado de fora de dietas de emagrecimento e visto como um “inimigo”. No entanto, de acordo com os especialistas envolvidos na pesquisa, o seu consumo possui um maior conteúdo de fibras, que são aliadas no processo de perda de peso.

Riscos do consumo de amendoim

Apesar de apresentar muitas vantagens nutricionais, algumas pessoas podem ter alergias ao consumir amendoim. Por isso, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos classifica o alimento entre os oito maiores responsáveis por alergias alimentares. Essa reação é provocada por proteínas alergênicas resistentes à digestão enzimática, que apresentam alto grau de ligação a células de defesa do organismo.

As reações causadas pelo amendoim incluem asfixia, urticária, angioedema, rinite, eczemas, úlceras bucais, náuseas, prurido, diarreias, colapso cerebral, ataque cardíaco e, em casos graves, a morte. O ideal para os alérgicos é evitar o consumo. No entanto, isso pode ser difícil, pois muitos alimentos acabam se contaminando com amendoim durante o processamento.

Nesse contexto, pesquisadores da Crop Science Society of America estudam maneiras de usar o melhoramento genético para desenvolver variedades menos alergênicas. O amendoim é fonte de 16 proteínas conhecidas como alérgenos. Com as pesquisas, cientistas procuram diminuir essa quantidade para tornar o alimento menos alergênico.

Além dessas questões relacionadas à alergia, assim como a soja, a semente crua do amendoim também apresenta fatores antinutricionais. Tais fatores influenciam os processos metabólicos do sistema humano, como a diminuição da digestibilidade da proteína do amendoim, afetando o valor nutritivo das sementes. Contudo, o processamento tradicional e o cozimento do amendoim reduzem os antinutrientes.

Controle de qualidade é importante

O controle de qualidade em toda a cadeia de produção do amendoim é de extrema importância. Isso porque essas sementes são suscetíveis à proliferação de fungos e, consequentemente, à contaminação por aflatoxina, em condições ideais de temperatura e umidade.

Os principais efeitos causados à saúde humana pela aflatoxina são hepatite do tipo B, sérios danos ao sistema nervoso e o câncer primário no fígado. No Brasil, existem legislações que estabelecem limites máximos para a aflatoxina em alimentos. Entre elas, podemos citar:

  • Resolução nº 34, de 19 de janeiro de 1977, da Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos – CNNPA, do Ministério da Saúde.
  • Portaria nº 451, de 19 de setembro de 1997, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde.
  • Resolução nº 12, de julho de 1978, da Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos do Ministério da Saúde.

O amendoim é um alimento importante que traz muitos benefícios à saúde humana, mas deve fazer parte de uma alimentação balanceada e equilibrada para proporcionar os benefícios citados. Portanto, grandes quantidades podem ser evitadas. Além disso, é essencial que o consumidor esteja atento à qualidade do produto que irá adquirir, verificando se a empresa apresenta os certificados dos órgãos fiscalizadores. Uma ideia mais segura é cultivar seu próprio amendoim, garantindo que ele seja consumido ainda fresco.


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