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O atual modelo de urbanização global é insustentável, sendo necessário criar novos padrões para responder a desafios como desigualdades sociais e a proliferação de favelas especialmente nos países em desenvolvimento, concluiu relatório “Cidades do Mundo”, divulgado esta semana pelo ONU-Habitat

Imagem: Pixabay / CC0

O atual modelo de urbanização global é insustentável, sendo necessário criar novos padrões para responder a desafios como desigualdades sociais e a proliferação de favelas, especialmente nos países em desenvolvimento, concluiu relatório “Cidades do Mundo”, divulgado na terceira semana de maio pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat).

O documento analisa o desenvolvimento urbano no mundo nos últimos 20 anos, e traz evidências de que “novas formas de colaboração, cooperação, planejamento, governança, financiamento” são necessárias para trazer mudanças positivas nas cidades globalmente.

Atualmente, 54% da população mundial vive em cidades, e a expectativa é que em meados deste século esse percentual suba para 66%, segundo projeções das Nações Unidas.

Cidades grandes e mega dobraram em 20 anos

O relatório mostrou que, nos últimos 20 anos, houve um forte aumento do número de grandes e megacidades no mundo — sendo as cidades grandes aquelas com de cinco milhões a dez milhões de habitantes, e as megacidades aquelas com mais de dez milhões de habitantes.

Enquanto em 1995 havia 22 grandes cidades e 14 megacidades no mundo, em 2015 esse número era de 44 e 29, respectivamente. A maior parte das megacidades está localizada em países em desenvolvimento, tendência que deve continuar já que muitas cidades de Ásia, América Latina e África devem se tornar megacidades até 2030, segundo o relatório.

Atualmente, as 600 principais cidades do mundo têm 1/5 da população mundial e geram 60% do Produto Interno Bruto (PIB) global, e estão localizadas principalmente em países desenvolvidos.

Em 2025, a previsão é de que a contribuição dessas cidades para a economia mundial permaneça a mesma, mas sua composição irá mudar, com uma maior presença de municipalidades de China, Índia e América Latina — um indicativo de que o centro de gravidade do mundo urbano está se movendo para os países em desenvolvimento, particularmente para o sudeste da Ásia.

Problema das favelas continua

Muitas cidades do mundo não conseguiram resolver o problema das favelas e das moradias precárias, um problema já presente há 20 anos, particularmente nos países em desenvolvimento, lembrou o documento.

“Sem uma ação séria e concertada por parte das autoridades municipais, nacionais e atores da sociedade civil e da comunidade internacional, o número de favelas deve crescer na maior parte dos países em desenvolvimento”, disse o documento.

Apesar de o problema persistir, houve uma queda da proporção da população dos países em desenvolvimento vivendo em favelas nos últimos 20 anos. Esse percentual caiu de 46,2% em 1990 para 29,7% em 2014, disse o ONU-Habitat. No entanto, o número absoluto subiu no mesmo período, de 689 milhões em 1990 para 880 milhões em 2014.

“Isso significa que ainda há um longo caminho a percorrer em muitos países para reduzir a grande lacuna entre os moradores de favelas e o restante da população urbana vivendo em habitações adequadas com acesso a serviços básicos”, afirmou o relatório.

Para o ONU-Habitat, os problemas das cidades serão enfrentados com base nas propostas da chamada Nova Agenda Urbana. Prevista para ser lançada na Habitat III — Conferência das Nações Unidas para a Habitação e o Desenvolvimento Urbano Sustentável, em Quito, entre 17 e 20 de outubro —, a Nova Agenda Urbana envolve propostas de novas regulações para projetos urbanos e novos mecanismos de financiamento municipal.

Veja aqui o relatório completo do ONU-Habitat.

Fonte: ONUBr

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