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Para mulheres do século XVII, o café tornava os homens menos viris e mais afeminados

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O café é um velho conhecido de todos nós. Fiel companheiro de manhãs, tardes e noites, este grão tão famoso foi agente provocador de verdadeiras revoluções no nosso país desde o momento em que começou a ser cultivado, em meados de 1720.

A história de sua entrada em terras tupiniquins envolve astúcia e sedução. Na verdade, pode-se creditar uma boa parcela de mérito ao charme do Sargento-Mor Francisco de Melo Palheta, que se aproximou da esposa do governador de Caiena, capital da Guiana Francesa (terra do continente onde era plantado café) com segundas intenções. O governador do Maranhão, João da Maia da Gama, já sabia do alto valor comercial do grão e o incumbiu de trazer a semente de café ao Brasil.

Motivo de discórdia

Apesar de sempre terem sido notórias as propriedades estimulantes da semente, muitos casamentos ingleses no séculos XVII e XVIII entraram em crise por sua causa. Isso porque, naquela época, os homens ingleses estavam – na maior parte do tempo – ligeiramente (ou muito) bêbados. E foi nesse cenário que surgiu Pasqua Rosée, um comerciante grego que abriu o primeiro coffee shop de Londres.

O empreendimento fez do café uma bebida popular, resultando num período de sobriedade que seria importante dentro daquele crescimento econômico. Dessa forma, os homens se apegaram intensamente ao clamor social dos coffe shops, onde podiam discutir política (algo elitizado na época), fazer novas amizades e negócios. Aparentemente, era um clube privativo mais divertido que a rotina doméstica.

Toda essa disposição para frequentar coffee shops intrigou muitas esposas. Por conta da ausência constante dos parceiros, elas criaram uma Petição das Mulheres Contra o Café, alegando que a bebida deixava seus maridos afeminados e reduzia sua virilidade.

Em contrapartida, os homens responderam com a Resposta dos Homens a Petição das Mulheres Contra o Café, em que culpavam o “vinho adulterado e a cerveja lamacenta” por sua impotência e atribuíam ao café o poder de tornar a ereção mais vigorosa e a ejaculação mais forte. A conversa surtiu efeito e a retaliação masculina foi bem sucedida.


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