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Máquina é a 9ª mais potente do mundo, mas seu uso caminha na contramão da busca por energias renováveis

O petróleo é um recurso não renovável e, com o passar dos anos, sua extração está se tornando uma atividade cada vez mais dispendiosa. Isso faz com que as companhias petrolíferas invistam progressivamente no desenvolvimento de novas tecnologias que facilitem o processo de obtenção do recurso.

No caso da empresa francesa Total, o dinheiro que poderia ser utilizado na pesquisa e no desenvolvimento de energias menos poluentes e provenientes de fontes renováveis, como a eólica, a solar ou mesmo biocombustíveis, foi utilizado na compra do mais potente computador privado do mundo. Ele tem a capacidade de encontrar pontos passíveis de extração de petróleo.

A máquina possui 2,3 pentaflops (número de operações realizadas por segundo) e tem um custo operacional anual de 60 milhões de euros. Sua capacidade de processamento de dados só é menor que a de supercomputadores pertencentes a instituições acadêmicas e governamentais de países como os EUA e a China.

Com tantas notícias sobre o uso da tecnologia em favor do homem em busca de sua maior harmonização com o meio ambiente ao qual pertence mediante as evidências que o crescente desequilíbrio ambiental aponta, é entristecedor observar iniciativa como esta, tradução de orientação corporativa apegada a um modo de atuação dissonante das necessidades que a sociedade apresenta. A clara dependência de nossa civilização ao petróleo já deu sinais claros de que não se trata de modelo virtuoso para o futuro, este que carece de esforços concentrados no desenvovlvimento de alternativas que reduzam os danos que o estilo da sociedade industrial nos impõe. Diante da severa crise com que nos deparamos, onde a realidade do aquecimento global nos apresenta desafio de reverter a dinâmica redutora de vida que incorremos, já tarda o tempo para mudarmos nossa forma de conduzir o que se chama de “desenvolvimento”. Seria ingênuo imaginar não precisarmos do petróleo, mas urge sermos capazes de o utilizarmos de maneira inteligente, a favor da vida e não deliberadamente o lançarmos na superfície nas mais variadas formas de carbono extraído das profunidades do planeta. De certo utilizarmos o que temos de mais poderoso e refinado em termos de tecnologia para fins de ampliação da extração de óleo significa desprezar as necessidades mais urgentes e desafiadoras que se apresentam, mais do mesmo em um jogo de poucos vencedores.

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