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Dados foram divulgados por entidade ligada à ONU. Medidas para a redução de emissões estão falhando

A Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada à ONU, anunciou em novembro que a concentração de gás carbônico na atmosfera atingiu 390,9 partes por milhão (PPM), um aumento de 40% se comparado à era pré-industrial (quando a média era de 280 PPM). De acordo com relatório divulgado pela entidade, 30% do aumento ocorreu desde os anos 1990, época em que as emissões dos países industrializados deveriam ter diminuído em 5,2%, se o Protocolo de Kyoto tivesse sido levado a sério.

Para se ter uma ideia da gravidade da questão, com 400 PPM,  aproximadamente 90% dos recifes de coral do mundo seriam eliminados. Com 450 PPM, o planeta ultrapassaria o limite considerado seguro em termos de temperatura, fixado em 2°C acima da era pré-industrial. Um relatório do Banco Mundial divulgado também divulgado há poucos dias prevê que o aumento de temperatura possa chegar a 4°C até 2060, se medidas efetivas não forem tomadas.

Outros gases

Não foi apenas o CO2 que teve crescimento em seus níveis. O metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O) também tiveram aumento em suas concentrações. Nos anos 2000, os níveis de metano se mantiveram estáveis até 2007, segundo a OMM. A exploração de gás natural não convencional (shale gas ou fracking – veja mais aqui) é a principal suspeita, pois, segundo cientistas, o método emite pelo menos duas vezes mais metano que o normal.

Com todos esses gases em crescimento dentro da atmosfera terrestre, o calor se acumula e a temperatura sobe. De acordo com o relatório da OMM, a quantidade total de gases que evitou o escape de calor ao redor da Terra foi 30% maior do que a registrada na década de 90.

Quase metade do excesso de CO2 é absorvido pelas plantas e pelos oceanos, segundo relata o secretário geral da OMM, Michel Jarraud, em release para a imprensa divulgado pela entidade. No entanto, essa absorção pode não continuar para sempre, pois essas “reservas” possuem limites. E o pior é que o gás carbônico que permanece na atmosfera demora séculos para se dissipar. Como resultado, a temperatura do planeta subiu cerca de 1,8°C desde 1990.

Pressão

Recentemente, cientistas preocupados com a questão ambiental têm procurado divulgar pesquisas que tratam sobre a questão para pressionar lideranças de diversos países na conferência do clima da ONU, que ocorre entre novembro e dezembro. De acordo com o jornal inglês The Guardian, um grupo de investidores detentores de cerca de US$ 22 trilhões em ativos pede ações urgentes. No entanto, até agora, as medidas governamentais não têm sido satisfatórias.


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