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No entanto, outras medidas poderão ser adotadas, como o empréstimo de sacolas aos clientes. Saiba a opinião de clientes sobre o prazo de adaptação

A partir de hoje, os supermercados do Estado de São Paulo deixam de distribuir gratuitamente aos consumidores as sacolas plásticas para transporte de produtos. Após muita confusão e informações contraditórias (veja mais aqui), um acordo foi feito entre a Associação Paulista de Supermercados (APAS), o Ministério Público de São Paulo e o Procon-SP, que deu o prazo de 60 dias para a população se adaptar  à medida.

Durante os próximos seis meses (até setembro), os estabelecimentos serão obrigados a fornecer sacolas compostáveis aos consumidores pelo preço de R$ 0,59.  Estímulo à compra de sacolas feitas de pano ou uso de caixas de papelão também devem ser efetivados. Outra iniciativa é a nova campanha da APAS, a favor das sacolas “vai e vem”. Trata-se de vender uma sacola ao consumidor que não tiver como carregar suas compras e recebê-la de volta futuramente, devolvendo o dinheiro pago pela sacola ao cliente. Também é uma maneira do setor evitar críticas sobre a possível falta de comprometimento com a questão ambiental, levando em conta apenas questões financeiras.

A população já se acostumou?

Agora que o prazo acabou, a reportagem da eCycle foi às ruas e supermercados da zona sul de São Paulo para saber se o consumidor conseguiu se adaptar sem as velhas conhecidas sacolas plásticas. “Sou a favor de sacolas que preservem o meio ambiente, mas os supermercados têm a obrigação de fornecer as sacolas para o consumidor. Sou contra a cobrança”, diz Maria Lucia Antonuci, 64 anos e dona de casa que vai fazer suas compras com uma ecobag. “Acho que aos poucos as pessoas vão se adaptar”, termina. Já o aposentado Renato Vilar, de 74 anos, tem uma opinião diferente. ”Como tudo, quem ganha é o mercado e quem perde é o povão. Olhe em volta, a maioria das embalagens são feitas de plástico. Não sei que diferença as sacolas fazem no meio ambiente, mas acho que isso é uma manipulação do mercado. As pessoas vão se adaptar, pois estão sendo forçadas a isso”.

Saindo lentamente com seu carrinho de feira, Dona Natália Gaba, de 79 anos, utiliza um argumento muito parecido. “Sou contra, pois embalagens de arroz e feijão estão todas em sacos plásticos também. Faço a minha parte, mas não sei se as pessoas vão se adaptar”. O taxista Wanderlei Arantes, de 66 anos, é adepto às caixas de papelão fornecidas gratuitamente nos supermercados. “Se for para melhorar, sou a favor. Há muito a ser feito, mas já é um começo.”

Os supermercados que assinaram o acordo com a APAS e distribuírem sacolas plásticas gratuitamente podem ser obrigados a fazer a coleta do material, de acordo com a lei dos resíduos sólidos. Os estabelecimentos são motivados a continuar oferecendo alternativas gratuitas como caixas de papelão, além de realizarem promoções na Páscoa e no Dia das Mães envolvendo as reutilizáveis.

Os consumidores que ainda tiverem dúvidas poderão solicitar esclarecimentos à APAS até o dia 5 de maio, de segunda à sexta-feira, das 9h às 21h, por meio do telefone 0800-580-5000.

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