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Estado, empresas e sociedade civil precisam se articular para gerir melhor os recursos hídricos

Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), até 2050 pelo menos uma em cada quatro pessoas viverá num país afetado por escassez crônica de água potável. Para debater essa questão que tem relação direta com a produção e com o consumo consciente, o consultor sênior da WWF para água, Ashok Chapagain, e o diretor-executivo do Pacto Global da ONU, Georg Kell, foram os convidados no painel-oficina da Conferência Internacional Ethos 2012, com o título “Água: gestão responsável e sustentável”.

Kell, que iniciou a discussão, fez questão de contextualizar o debate. Ele deixou claro que vivemos em um mundo interdependente economicamente, mas que, mesmo num momento de crise, como o que vivemos agora, é preciso agir ambientalmente. “Não podemos parar por causa da crise e esperar apenas atitudes dos governos. Precisamos tomar as rédeas em nossas mãos e impulsioná-los a adotarem essas medidas”, afirmou.

Sobre o tema água, o diretor-executivo disse que o recurso é importante para tudo e já está em falta em muitas partes do mundo, o que causa conflitos. No entanto, a água é uma questão nacional em que, por mais que se firmem acordos entre países, é preciso trabalhar localmente. Para ele, é aí que entram as empresas. “Elas têm influência e podem dar exemplo por meio de novos modos de lidar com a água”, disse Kell, que citou o número de US$ 1,7 trilhão que é gasto com inovação tecnológica verde no mundo, quando o ideal seria algo em torno de US$ 5 trilhões.

Dependência e responsabilidade

Na sequência, foi a vez de Ashok Chapagain. Ele expôs dados preocupantes a respeito da crescente escassez de água no mundo. Com o crescimento populacional e a ação humana, os índices de água per capita estão em contínuo decréscimo. De acordo com o palestrante, em países pobres, como Zimbábue e Etiópia, o crescimento econômico depende diretamente do nível de precipitação que ocorre em seus territórios.

Chapagain disse que o problema da água é muito mais evidente do que o da emissão de carbono, por exemplo, mas mesmo assim a sociedade ainda não se deu conta de que não é possível esperar mais. “Há uma confusão sobre responsabilidade. Nesse caso, responsabilidade é a garantia de que todos terão água”.

Polêmicas

Respondendo às questões da plateia, Kell foi polêmico ao defender a precificação da água para que a sociedade a valorize. “Uma empresa poderia utilizar tecnologia para purificar a água e a revender, com prioridade para os mais pobres”, concluiu.

Já Ashok disse que recomendaria que o Brasil investisse em etanol caso fosse consultado sobre quais devem ser as alternativas energéticas do país, no entanto, também defendeu as hidrelétricas (que predominam em solo tupiniquim). “É preciso conhecer os impactos e dizer sim às hidrelétricas, mas também é possível pensar em etanol, que tem muito potencial no Brasil”, finalizou.

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