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Pesquisa holandesa compara os efeitos da produção de carne à de insetos

Em alguns países asiáticos, alimentar-se de insetos já faz parte da cultura local. Agora, de acordo com pesquisadores holandeses, esse hábito pode ser mais sustentável do que se imagina.

Ao considerarmos as fontes usuais de proteína na dieta humana, aquelas de origem animal se destacam, sobretudo carnes. Ao analisarmos a produção de gado bovino, por exemplo, estudos apontam diversos impactos considerados nocivos ao meio ambiente. A chamada pegada hídrica, índice que descreve o consumo de água investido em diversas atividades, no caso da produção de carne, é expressiva. Um simples quilo da proteína animal equivale a consumo da ordem de 14.000 litros de água, algo suficiente para mais de 9 meses de banhos diários de cinco minutos em chuveiro econômico. Além do elevado consumo hídrico, a produção bovina, quando não em regime de confinamento, ocupa áreas enormes e, para tornar as coisas ainda piores, o gado é responsável por boa parte das emissões de gases do efeito estufa, como o metano, no mundo.

Até o momento ninguém havia feito medições semelhantes para a criação de insetos. Isso até Dennis Oonincx, estudante da Wageningen University, medir emissões de gases do efeito estufa, uso da terra e energia necessária para a produção de larvas de bicho-da-farinha, um tipo de besouro.

Os resultados, divulgados na publicação científica PLoS One, mostram as vantagens dos insetos frente aos tipos de carne bovina, suína e branca. A área necessária para cultivo das larvas é equivalente a 10% da usada para bois, incluindo o espaço necessário para o cultivo do alimento do gado. Apesar de a quantidade de energia para a produção de ambos ser semelhante, os insetos emitem menos gases do efeito estufa que os mamíferos.

Embora comer insetos possa ser considerado algo repugnante por muitos, a pesquisa ajuda a levantar questões importantes sobre os problemas ambientais associados à pecuária. E caso tenha ficado curioso, o restaurante Specktakel, na Holanda, serve deliciosos pratos à base de larvas.

Se nossa cultura não permite a substituição dos hábitos alimentares a tal extremo bizarro, por uma pegada mais leve, que tal reduzir o consumo de carne bovina reservando um dia em sua semana para uma dieta exclusivamente vegetariana? Já é um bom começo.

Imagens via Totally Cool Pix (REUTERS/Jerry Lampen).

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